Arquivo para Tag: leitura

Experiência do usuário, marketing digital, storytelling

Experiência do usuário, marketing digital, storytelling. São muitos os conceitos que têm revolucionado o mundo da Publicidade e que, consequentemente, precisam ser dominados pelos profissionais da área.

Por outro lado, um publicitário também precisa conhecer a fundo conceitos mais antigos, se quiser atingir seu público alvo e gerar lucros para a empresa onde atua, ou para o seu negócio.

Pensando em ajudar esses profissionais a se diferenciarem no mercado, montamos uma lista com 10 livros, que mescla alguns clássicos com as tendências mais modernas do setor. Veja a seguir:

 

Social Media já: descomplique e produza conteúdo online

Autora: Tayara Antonello

Editora COMDPI

Em 159 páginas, a autora traz insights e conselhos para produzir conteúdos que engajam nas redes sociais, que hoje se tornaram um importante canal de comunicação entre profissionais, marcas e seus clientes. A obra também fala sobre ferramentas para turbinar suas peças online.

 

A Cauda Longa

Autor: Chris Anderson

Editora Elsevier/Alta Books

Neste best-seller internacional, Anderson apresenta um dos mais atuais conceitos sobre negócios – o modelo cauda longa. Conforme explica o autor e editor chefe da revista Wired, o termo descreve um fenômeno no qual a receita obtida com diversos produtos de nicho (para públicos segmentados) e com volume de vendas baixo, equivale àquela gerada por poucos produtos populares, que fazem sucesso.

 

Na Toca dos Leões

Autor: Fernando Morais

Editora Planeta do Brasil

Esta obra é uma biografia da premiada agência de propaganda W/Brasil (atual WMcCann). Ao longo de mais de 400 páginas, mostra o universo da publicidade de maneira realista, desconstruindo o glamour e superficialidade que normalmente são associados à área. Dentre os fatos abordados estão curiosidades sobre a vida e detalhes inéditos sobre o sequestro de Washington Olivetto – um dos fundadores da W/Brasil.

 

A Publicidade É Um Cadáver Que Nos Sorri

Autor: Oliviero Toscani

Editora Ediouro – Singular

Polêmico, este livro mostra campanhas publicitárias produzidas pelo fotógrafo Oliviero Toscani, com destaque para as mais provocadoras. Traz uma reflexão importante sobre limites versus propagandas que chamem a atenção do consumidor.

 

Confissões de um publicitário

Autor: David Ogilvy

Editora: Bertrand Brasil

Escrito por um dos publicitários mais famosos do mundo, este clássico tem como objetivo compartilhar as ideias e descobertas de Ogilvy com profissionais de comunicação e marketing. A obra é um importante relato de um gênio do setor, que viveu experiências marcantes durante o momento de globalização da propaganda.

 

Propaganda Ilimitada, V.1

Autor: Francesc Petit

Editora Futura

Ao longo de 30 capítulos, o autor aborda conceitos básicos e dificuldades presentes no dia a dia de quem trabalha na construção de campanhas, como designers, redatores e profissionais de marketing. Petit também conta experiências que viveu durante sua carreira neste mercado, tão competitivo e complexo.

 

Contágio – Por que as coisas pegam

Autor: Jonah Berger

Editora Leya Casa da Palavra

De fácil leitura, a obra analisa o que leva as pessoas a compartilhem ideias, opiniões, serviços e produtos, numa era em que não prestam muita atenção na mídia tradicional paga. Apontando seis princípios básicos que fazem qualquer coisa se tornar contagiosa, Berger mostra os segredos por trás de conteúdos virais e da transmissão social.

 

Marketing 3.0

Autor: Philip Kotler

Editora Campus

Obra de referência para quem trabalha com propaganda e marketing atualmente, aborda o novo modelo de marketing, forjado no fato de os consumidores buscarem, cada vez mais, serviços e produtos que, além de satisfazer necessidades básicas, atendam sua demanda por criatividade, idealismo, comunidade e participação.

 

Storytelling – Histórias que deixam marcas

Autor: Adilson Xavier

Editora Best Business

Quem não se lembra de alguma narrativa da Disney, Coca-Cola ou Havaianas? O storytelling, ou o ato de contar histórias das marcas, tem se tornado cada vez mais importante para a construção da reputação de empresas, conquista e fidelização de clientes. Este livro é uma boa pedida para quem trabalha com conteúdo e/ou deseja aperfeiçoar suas técnicas de escrita, a fim de criar narrativas cativantes e eficazes.

 

Deu branco!

Autor: Waldemar Ciglioni Jr.

Editora Alínea

Falando de uma forma bem honesta sobre as famosas crises criativas, a obra tem a intenção de inspirar publicitários e estudantes para que superem aquele terrível momento de dar “branco” e criem campanhas inovadoras. A ideia é incentivar a busca por ideias criativas.

 

Abaixo, indicamos mais títulos, para quem deseja se aprofundar:

Propaganda, de David H. Schaefer, William F. Arens e Michael F. Weigold

Mad Men, de Jerry Della Femina

O Deus da Criação, de Adilson Xavier

Oportunidades Disfarçadas, de Carlos Domingos

Estratégias semióticas da publicidade, de Lucia Santaella e Winfried Nöth

Criatividade S.A, de Ed Catmull

Abri minha agência, e agora?, de Antônio Lino

Gestão de Marketing e Comunicação: avanços e aplicações, Mitsuru Higuchi Yanaze

A arte do planejamento: verdades, mentiras e propaganda, de Jon Steel

A Essência do Planejamento de Mídia, de Arnold M. Barban, Steven M. Cristol e Frank J. Kopec

Os 8Ps do Marketing Digital, de Conrado Adolpho

Gestão de Marketing e Comunicação: avanços e aplicações, de Mitsuru Higushi

Do Caos à Criação Publicitária, de João Anzanello Carrascoza

Brandsense – Os segredos sensoriais que nos levam a comprar, de Martin Lindstrom

Shopper marketing: a nova estratégia integrada de marketing para a conquista do cliente no ponto de venda, de Rafael D’Andrea, Matheus Alberto Cônsoli e Leandro Angotti Guissoni

O Futuro dos Preços Free – Grátis, de Chris Anderson

Persuasão na publicidade: 33 técnicas psicológicas de convencer, de Marc Andrews, Matthijs van Leeuwen, Rick van Baaren

A alma do negócio, de Alberto Villas

Vida de publicitário, de Fillipe Luis

Pequenas agências, grandes resultados, de de Antônio Lino Pinto

O poder do hábito:  por que fazemos o que fazemos na vida e nos negócios, de Charles Duhigg

O Livro Azul da Propaganda, de Steve Lance e Jeff Woll

Cartas a um jovem publicitário, de Roberto Duailbi

Como criar um portfólio e entrar no mundo profissional, de Fig Taylor

A Lógica do Consumo, de Martin Lindstrom

A Estratégia do Oceano Azul, de W. Chan Kim e Renée Mauborgne

YouTube e a revolução digital, de Joshua Green e Jean Burgess

Propaganda é isso aí!, de Zeca Martins

Spoiler, House of Cards e o big data

O mapeamento, análise e gestão inteligente de dados veio para ficar nos negócios, na publicidade, na política — e não há mais criatividade ou insight que possa caminhar sozinho

Nem todo o charme de Claire Underwood esconderá o fato de que há um inesperado protagonista na quarta temporada de House of Cards. O big data — sim, ele mesmo — é a mais nova estrela da série, sendo responsável por incríveis guinadas e alta tensão na disputa de poder entre republicanos e democratas nos Estados Unidos.

O big data entra na trama com um jovem republicano que sabe tirar proveito da dobradinha mídias sociais/dados. Ele obtém vantagem na corrida presidencial porque sua performance é baseada em análise preditiva. Com um celular nas mãos e muita informação na cabeça, o candidato publica vídeos endereçados
ao desejo do seu eleitorado. Ele aprende que tipo de vídeo mais gostam, que tipo de reação gera cada vídeo e, de tweet em tweet, estabelece um diálogo caloroso e efetivo com a sua audiência. Assim que os Underwood entendem o poder dos dados, porém, o jogo começa a virar.

Se Barack Obama venceu com as mídias sociais, os candidatos de House of Cards cantam a bola da vez: big data. O mapeamento, análise e gestão inteligente de dados veio para ficar nos negócios, na publicidade, na política — e não há mais criatividade ou insight que possa caminhar sozinho a partir de agora. A mensagem comovente, o vídeo impactante ou o produto perfeito apenas fará sucesso se entender (e atender) as reais expectativas da audiência.

Autenticidade vale ouro — e está localizada não no que pessoas dizem gostar e fazer, e sim no que de fato gostam e fazem. O abismo entre discurso e ação — que as pesquisas qualitativa e quantitativa não conseguem suplantar por completo — a tecnologia de dados elimina. O big data mostra a vida como ela é: que lugares a pessoa frequenta (com check-in e geolocalização), a que vídeos assiste (no YouTube, Facebook, Instagram etc), o que compra (em que sites, com que meios de pagamento, se por mobile ou desktop), que assuntos gosta e desgosta.

Tudo em tempo real, proporcionando velocidade e veracidade ao processo de análise e gestão do conhecimento obtido. House of Cards, em um movimento metalinguístico, é ele próprio um case de inteligência estatística. A série já existia no Reino Unido e foi escolhida para ser recriada e lançada mundialmente com o diretor David Fincher e os atores Kevin Spacey e Robin Wright. Não por uma
aposta em seus talentos individuais, mas por uma sólida predição de dados.

A identificação e análise das preferências da audiência apontou os nomes desses profissionais para compor o time que se provou vencedor. A publicidade da série trilha o mesmo caminho. Assinantes do Netflix que consomem mais programas com personagens femininos fortes foram impactados com uma propaganda estrelada por Robin Wright; já Kevin Spacey apareceu no teaser para os usuários que assistem a mais programas com protagonistas masculinos.

O comportamento dos assinantes direcionou, ainda, o modo de apresentação das temporadas: os episódios passaram a ser disponibilizados todos de uma vez só, não mais de forma fracionada. Precisão cirúrgica para resultados de blockbuster: House of Cards se tornou o maior exemplo de produção original do Netflix, conquistou milhões de fãs e rendeu um Globo de Ouro de melhor ator em série de drama para Spacey em 2015. A quinta temporada já está no forno.

Para além da indústria do entretenimento, o big data também rouba a cena. Imagine que o lançamento de um carro seja centrado na sua aparência exterior, para valorizar o novo design, meticulosamente criado para traduzir potência e conforto. No entanto, o mapeamento das conversas nas redes sociais e de pesquisas em sites de busca indica que muito mais relevante seria mostrar o interior do carro, já que a parte externa todo mundo vê nas ruas. A partir desse diagnóstico é possível aprimorar a jornada do consumidor, entregando a informação que ele realmente deseja para tomar sua decisão. Viradas como
essa são factíveis e já acontecem no mercado.

Os dados não são, obviamente, a panaceia para todos os desafios da comunicação. Em estado bruto, sem inteligência, morrem na praia. Se mal utilizados, violam a privacidade e perdem a credibilidade. Sem eles, porém, perdemos uma série de comodidades e segurança incorporadas à nossa rotina digital. Como lembra um personagem de House of Cards: uma colher pode servir para comer, cozinhar ou preparar drogas. Não dá mais para viver sem ela, mas tem que saber usar.

Créditos – meioemensagem: http://www.meioemensagem.com.br/home/opiniao/2016/04/14/spoiler-house-of-cards-e-o-big-data-2.html