, ,

Do Egito antigo até os outdoors – Conheça um pouco da história por trás da mídia out of home

Acessooh

A mídia exterior passou por diversas transformações para se tornar como a conhecemos hoje – outdoors, empenas, anúncios em pontos de ônibus, metrô, etc. Alguns dos registros mais antigos se originaram no Egito, há milhares de anos. Para tornar leis e tratados públicos, eram feitas inscrições nos obeliscos de pedra. Mais tarde, na Idade Média, objetos precursores da mídia out of home (OOH) eram colocados do lado de fora das casas para indicar que produtos os vizinhos poderiam encontrar ali; se houvesse um ramo verde, haveria vinho; se fosse um ramo de oliveira, os moradores vendiam azeite.

Ainda na era medieval, um formato bem semelhante aos nossos atuais cartazes foi criado: uma soma de retângulos e tiras de metal com espaço para que qualquer pessoa deixasse sua mensagem em carvão ficava disponível em muros. Cartazes feitos de papel serviam aos interesses de dois grandes poderes da época, Estado e Igreja, veiculando ações de senhores feudais para a compra de indulgências.

Os cartazes deram um salto de qualidade quando Gutenberg criou a impressão de tipo móvel, em 1450. No entanto, essa forma de mídia era composta apenas por textos tipográficos acrescidos de uma vinheta, até que, em 1796, surgiu o cartaz ilustrado. O mercado foi crescendo rapidamente, levando à regulamentação do ofício de colador de cartazes na Europa, em 1772.

MÍDIA OOH EM SOLO BRASILEIRO

A vinda da família real portuguesa para o Brasil, em 1808, também coincide com a inauguração das primeiras tipografias nacionais. No começo do século XX, o país já contava com seus primeiros anúncios de mídia exterior, veiculados nos famosos bondes.

Mas o Brasil só foi conhecer sua primeira empresa especializada em outdoors lá pela década de 1930, quando Marta Paturan de Oliveira e Ernesto Emílio De Feo e Nicola Citadini fundaram a Publix, na capital paulista. Na época, Amadeo Guiliermo trouxe conhecimentos do exterior sobre cartazes e paineis, que permanecem até hoje – antes, os outdoors tinham formato oval, eram pequenos e inseridos em postes, acredite se quiser!

Um ano emblemático para a mídia exterior no Brasil foi 1936, quando foi instalado o primeiro painel com aplique. Naquele tempo, foi criada também uma escola de letristas e ilustradores de cartazes, a fim de atender à demanda pelas peças, feitas de maneira artesanal. Surgiram, ainda, quadros de duas e quatro folhas, graças ao conhecimento adquirido por algumas gráficas que trabalhavam com cartazes.

Anos depois, a possibilidade de cartazes com oito folhas gerou interesse em grandes empresas, como a Rhodia, Alpargatas e Sidney Ross (quem não se lembra do Melhoral, Sonrisal e Sal de Frutas Andrews? Eles se tornaram conhecidos, inicialmente, devido à publicidade em outdoors).

Desde então, a mídia OOH tem experimentado crescimento pelo país. O aumento desordenado de anúncios pelas ruas e a competição entre empresas do setor, acrescidos da falta de padronização e poluição visual nas grandes cidades brasileiras, levou às atuais regulamentações e normas específicas, que padronizaram os formatos de mídia exterior disponíveis para comercialização.

Hoje, os anúncios OOH estão por toda a parte e apresentam grande variedade, indo desde um cartaz num ônibus numa pequena cidade, até grandes painéis e empenas digitais nas metrópoles. Recentemente, Brasília/DF recebeu o maior painel DOOH (digital out of home) de alta resolução do Brasil, que conta com nada menos que 22,80m de altura e 10,80m de largura! Veja detalhes nesta matéria:

0 respostas

Deixe uma resposta

Want to join the discussion?
Feel free to contribute!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *